sábado, março 27, 2010

Ritorna, vincitor!

Olás! Depois de muito tempo afastado, retorno finalmente a postar no blog - só não sei com que freqüência...
Espero que eu consiga mantê-lo mais atualizado. Para este post, achei interessante esclarecer o significado de Lanesville. Já me perguntaram algumas vezes e surge agora a oportunidade de explicar. De acordo com a Wikipédia, existem duas Lanesvilles: uma nos EUA e outra no Canadá. O nome do blog não tem nada a ver com nenhuma dessas duas cidades, mas sim com um projeto artístico que venho desenvolvendo por pelo menos quinze anos: trata-se de uma cidade fictícia localizada ao sul da França, no Mar Mediterrâneo.
Tudo começou numa brincadeira entre amigos, ainda na adolescência. Meu melhor amigo, Leandro, e eu tínhamos o costume de montar cidades usando placas de isopor (para as ruas) e caixas as mais diversas (para os prédios), para aproveitarmos nossas miniaturas. Aqui em casa temos uma mesa numa garagem-feita-sala que, naquela época, comportava alternadamente a cidade de isopor e uma de Lego - eu tinha (e ainda guardo) o primeiro Lego Aeroporto que saiu na década de 90, e utilizava a pista de pouso para fazer as ruas. Havia algumas casas e um castelo, além de miniaturas maiores - estas, de fricção. Quando ele vinha, passávamos horas inventando histórias, brincando e rindo.
Nesse momento surgiram várias das personagens que povoam o hoje chamado Reino de Lanes - que inclui Lanesville (a capital) e algumas colônias. Desde então, pràticamente todas as minhas narrativas têm alguma relação com esse reino, mencionando pessoas, lugares e feitos que vêm de uma imaginação bastante fértil (tenho bem mais imaginação que inteligência, isso é fato). Atualmente estou escrevendo um romance que se passa na maior colônia, Terre de Sainte-Sophia, e tenho um "arquivado" desde 2004. Pretendo um dia concluir ambos, embora só Deus saiba quando...
O mais legal de tudo isso é poder criar à vontade, sem maiores limites. Confesso que há questões de verossimilhança que são desrespeitadas (todas as rainhas do lugar, desde o século XIV, têm o mesmo prenome), mas quero mesmo evidenciar o misto entre "realidade" (sejá lá o que isso for...) e ficção. E mais: o reino tem um quê de utópico, pois não há problemas econômicos, políticos ou ambientais; logo, os conflitos acontecem em outras esferas - geralmente, a pessoal.
A parte de criação é ótima, sem dúvida, só que aí também entra uma questão um tanto difícil (e deliciosa): a pesquisa. Muitas vezes me pego pesquisando sobre História ou Geografia, sem contar nos cálculos sobre porporção (qual seria o tamanho certo de determinada cidade? quantos habitantes teria? etc.). É um mundo inteiro a ser criado, quase como brincar de Deus - mas com Seu consentimento (e Sua aprovação, estou certo).
Qualquer hora ainda coloco aqui um breve conto que fala de um recital em Barcelona - com personalidades lanesanas. Ele já tem alguns anos e a escrita parece um tanto "infantil", mas talvez valha a pena para vocês conhecerem um pouco mais do que estou falando.

Por enquanto acredito que seja só. Fiquem à vontade para perguntar o que quiserem sobre o Reino de Lanes. :-D

Até o próximo!

segunda-feira, março 01, 2004

Não posso deixar de começar o post comemorando o dia de hoje!
Nasceu em Pesaro (Itália), em 29 de Fevereiro de 1792, aquele que seria um dos maiores compositores italianos do século XIX. Sabem quem é?


O próprio: Gioacchino Rossini (1792-1868), compositor de várias óperas cômicas (todas engraçadíssimas) e sérias (hoje menos conhecidas, mas de uma beleza ímpar).
Evviva Rossini! 

Games, ou Eu adoro a LucasArts

Acho que boas aventuras gráficas [os point-and-click] são a coisa mais próxima a bons livros. Elas dependem muito da caracterização e do desenvolvimento da história. Há, ao terminar o jogo, a sensação de que se experienciou uma história inteira do começo ao fim
John Passfield, um dos criadores de "Flight of the Amazon Queen"

Tempos atrás, em algum post perdido nos arquivos, eu disse que escreveria um dia sobre games. Eis que o dia chegou!
Para quem não sabe, adoro jogos de computador. Não todos, é claro, mas são vários os tipos de que gosto. O preferido deles, sem dúvida, é o famoso point-and-click.
Mas o que é isso?
Criados no fim da década de 1980, são jogos que têm quebra-cabeças e um plot ("enredo", "trama") em geral envolvente. Os quebra-cabeças levarão até a conclusão da história.
Esse nome, "point-and-click" deve-se ao fato de esses jogos se utilizarem do mouse, ou seja, para resolver os quebra-cabeças é necessário pegar algum item no cenário ou com algum personagem e utilizá-lo com outros ítens, personagens ou cenários. Além do mais, na maioria desses jogos é impossível "morrer", uma vez que seu intuito principal é estimular o jogador.
A partir de agora, falarei de alguns jogos de que mais gosto, a maioria deles do gênero point-and-click. A ordem não é nem cronológica nem de gosto.

The Secret of Monkey Island (LucasArts, 1990)


Este foi, talvez, o primeiro grande point-and-click da História. Criado pela famosa LucasArts (que na época se chamava LucasFilms Games), "The Secret of Monkey Island" é um clássico.
Foi o primeiro game do gênero que joguei, e me apaixonei "à primeira jogada". É um jogo inteligente e hilário, com piadas engraçadíssimas. Seria o primeiro jogo de uma tetralogia.
O plot gira em torno de uma história de pirata, ou melhor, de um pirata wannabe: o intrépido e atrapalhado Guybrush Threepwood, que chega a Mêlée Island para conseguir seu intento. Lá, ele se apaixonará pela bela governadora, Elaine Marley, conhecerá seu pior inimigo, o pirata fantasma LeChuck e será ajudado pela Sacerdotisa do Vodu, uma personagem importante e poderosa.
Há outros personagens hilários, como o vendedor de barcos Stan, que literalmente fala mais que a boca, e o náufrago Herman Toothrot, que "mora" em Monkey Island. São clássicos e inesquecíveis, também, os duelos, que não se dão (só) com espadas, mas com... insultos! Isso mesmo! Cada um tem sua resposta, que Guybrush tem de aprender lutando com os piratas da ilha.
O cenário, todo feito em pixels [1], surpreende de tão bonito e bem feito. Aliás, a LucasArts desde o começo caprichava nos cenários, mesmo que os recursos tecnológicos da época não fossem ainda muito avançados.
Não se pode deixar de citar o inventório, ou seja, os ítens que Guybrush carrega consigo. A lista é imensa e, como muitos objetos são grandes, por vezes o personagem faz alguma piadinha quando vai colocá-lo no inventório ou tirá-lo dele.
Se você quer diversão garantida por muitas horas, não deixe de jogar "The Secret of Monkey Island"!
 
Loom (LucasArts, 1990)

Diferente de "Money Island I" (como é conhecido o jogo anterior), "Loom" é um jogo mais sério, sem piadas internas.
O plot é futurista. A história se passa lá pelo século LXXX, com um mundo um pouco diferente do nosso - embora, pelo que entendi, a história se passe na Terra.
Bobbin Threadbare, o personagem principal, tem sua mãe de criação transformada em um pato. Os anciãos da aldeia, por sua vez, transformam-se em cisnes e voam para longe. Bobbin fica sozinho, tendo apenas um cajado musical para ajudá-lo em sua jornada.
Com esse cajado, o jovem tem de fazer encantamentos musicais (cada um com quatro notas) para interagir com o ambiente. No começo, estão disponíveis apenas o Dó, o Ré e o Mi. As demais notas virão com o tempo, à medida que Bobbin for evoluindo seus encantamentos.
Os cenários, também pixelizados, são belíssimos. Fez-se um mundo bem moderno, ainda que com muitas características do mundo que conhecemos.
"Loom" é um jogo meio místico, com um final muito bonito, falando sobre a vida e a morte. Talvez por esse aspecto, é um pouco pesado, mas vale a pena mesmo assim.

Indiana Jones and the Fate of Atlantis (LucasArts, 1992)


Sem dúvida alguma, este é meu point-and-click favorito! Conheci-o em 1994, e até o ano seguinte não joguei outro.
O plot, como o título indica, traz o famoso arqueólogo Indiana Jones, e foi baseado naquele que seria o quarto filme da série - que, infelizmente, jamais foi filmado, ainda que houvesse um projeto para fazê-lo em 2002.
Neste jogo, Indy conta com uma assistente: a bela ruiva Sophia Hapgood, médium nas horas vagas. Também arqueóloga e historiadora, Sophia conversa com o espírito de Nur-Ab-Sal, o último Imperador da Atlântida. O primeiro encontro entre os dois, inclusive, é em Nova York, quando a "médium" está fazendo uma palestra sobre o continente perdido.
Depois de alguns quebra-cabeças, Indy encontra o livro Diálogos perdidos de Platão, em que o autor grego fala sobre a Atlântida. No escritório do arqueólogo, cabe ao jogador como transcorrerá o jogo dali para a frente, pois há três modos diferentes:

- continuar com Sophia (a que meu melhor amigo e eu chamávamos de "com ação, com Sophia");
- ir sem ela, procurando por ação ("com ação, sem Sophia");
- ir sem ela, procurando por desafios ("sem ação, sem Sophia").

Os três modos são diferentes até convergirem no mesmo ponto: a Atlântida, onde você deverá resgatar Sophia.
Apesar de ser um jogo de ação, "Indiana Jones and the Fate of Atlantis" tem partes hilárias - como convencer sua amiga a passar por um buraco, ainda que ela esteja com medo das cobras e ratos do outro lado. Isso sem contar os cenários, que trazem desde as ruínas de Creta até o centro de Atlântida.
Vale dizer que este é um dos poucos jogos do gênero em que Indy pode morrer - mas não há problema, pois é possível salvar sempre.
É uma pena que este clássico não tenha se transformado em filme - dizem que Sandra Bullock estava cotada para o papel de Sophia Hapgood, na versão de 2002. Torço para que isso ainda aconteça!

Monkey Island II: LeChuck's Revenge (LucasArts, 1992)


Por causa do enorme sucesso de "The Secret of Monkey Island", a LucasArts espertamente criou uma seqüência.
Desta vez, Guybrush (usando barba) tem de lidar com o recém-ressuscitado cadáver de LeChuck, sedento de vingança - e cuspindo mais que nunca. O jogo, diferente do primeiro, tem dois modos diferentes: um com quebra-cabeças mais simples e outro com mais elaborados. Seja como for, o fim é o mesmo.
Aliás, o desfecho desse jogo é muito discutido pelos gamemaníacos, por ser meio insólito. Porém, li há algum tempo uma explicação bem convincente sobre ele. (Não posso contar para não estragar!)
"Monkey Island II" é certamente um bom jogo, mas acho que é o menos engraçado dos quatro. Mesmo assim, quem gosta de Guybrush e toda a turma não pode perder este clássico!

The Dig (LucasArts, 1995)



Ainda que também pixelizado, "The Dig" tem um caráter diferente dos anteriores - os traços estão mais realistas.
O plot é bem interessante: um meteoro enorme está se aproximando lentamente da Terra. Um grupo é designado para ir até o meteoro e mudar seu curso. Lá chegando, três membros do grupo (o comandante Boston Low, o historiador Ludger Brink e a jornalista-lingüista Maggie Robbins) entram no meteoro e descobrem que ele é um tipo de nave espacial, transportando-os para um planeta praticamente desabitado.
Nesse planeta, muito mais avançado que o nosso, o grupo descobre os cristais da vida, um produto poderoso que permite ressuscitar os mortos. Além disso, num tipo de museu, o comandante Ben descobre o que houve à população e porque estão todos ausentes.
Com cenários de tirar o fôlego, "The Dig" também tem seu quê de místico, mas não é tão pesado quanto "Loom". Ao contrário: o desfecho é surpreendente e belíssimo, com uma frase que merece ser citada. Ela é dita pelo "líder", sobre a imortalidade antes preterida pelo povo, dizendo que o planeta agora seria

...um lugar no qual sabemos que morreremos, mas que teremos uma VIDA antes disso.

Não é bonito?

The Day of the Tentacle (LucasArts, 1992)

Este hilário jogo é um dos da LucasArts no estilo cartoonish, ou seja, semelhante a um desenho animado.
O plot se desenvolve nos dias atuais (na década de 90, no caso), quando um tentáculo (!!!) toma água radioativa e, tendo criado bracinhos e uma mente maquiavélica, planeja dominar o mundo.
Parece absurdo, mas esse plot rende um jogo imperdível, com muitas piadas engraçadíssimas. Sem contar que os três personagens principais - o nerd Bernard, o rockeiro Hoagie e a enfermeira Laverne - terão de estar em três diferentes "lugares" do tempo (Bernard no presente, Hoagie na época em que Constituição dos EUA foi promulgada e Laverne no século XXII) para poderem solucionar os quebra-cabeças - passando ítens entre si - e acabar com os planos de Purple (o tentáculo radioativamente modificado).
Nem preciso dizer que "The Day of the Tentacle", que traz de volta personagens de "Maniac Mansion" (1988), é diversão garantida!

Full Throttle (LucasArts, 1994)

Talvez o jogo mais hardcore da LucasArts na época, "Full Throttle" tem os cenários mais parecidos com "The Dig".
O plot se passa num futuro não muito distante. Ben, líder de uma gangue de motoqueiros, é envolvido covardemente em um assassinato - o do velho Corley, um velhinho maneiro que era dono da Corley Motors, famosa fábrica de motos. Ele deve, então, descobrir quem matou Corley e se livrar da acusação.
Este é outro dos poucos jogos da empresa em que se pode morrer, mas imediatamente há a possibilidade de voltar e tentar passar pelo quebra-cabeça.
Ano passado a LucasArts anunciou que lançaria um "Full Throttle II", em 3D, e chegou até a lançar alguns screenshots ("fotos" dos jogos). Porém, não se sabe ao certo porquê, o lançamento foi cancelado. Uma pena!

Sam and Max: Hit the Road (LucasArts, 1993)

Mais um jogo cartoonish, este traz a dupla Sam (o cachorro) e Max (o coelho) para desvendarem o sumiço do Pé Grande de um circo de horrores.
O jogo é muito engraçado, com piadas e cenas hilárias. Não tenho muito mais o que dizer pois, se eu começar, acabo contando a história toda!
Fiquei sabendo outro dia que será lançada este ano uma continuação do jogo. Estou curioso para ver!

Flight of the Amazon Queen (Interactive Binary Illusions, 1995)

Este jogo é simplesmente notável!!!
Verdadeira homenagem à LucasArts, em 1995 a empresa australiana Interactive Binary Illusions (que infelizmente não existe mais) criou o brilhante "Flight of the Amazon Queen".
O plot se passa no Brasil, na década de 1940. O jogo traz Joe King, um ingênuo (às vezes nem tanto) piloto de avião, que começa preso num quarto de hotel no Rio de Janeiro.
Aliás, tenho de contar que minha primeira experiência com esse jogo, em 1996 ou 1997, foi justamente essa parte no Rio - a única disponível no demo dele. Só no ano passado, para minha felicidade, descobri o jogo completo, no Classic Trash. (Devido a alguns problemas, não está mais disponível.) Claro que baixei na mesma hora!
Tendo saído do hotel, Joe vai para o aeroporto e leva Faye, uma famosa atriz da época, para uma sessão de fotos na Floresta Amazônica. Porém, no caminho, um raio atinge o avião (o Amazon Queen) e é necessário um pouso forçado. A partir daí, acontecerão hilárias situações, e Joe encontra personagens emblemáticos: um gorila fora de lugar, um cientista maluco e Azura, princesa amazona, por quem o herói se apaixona.
Bem dizem que apenas uma obra de qualidade já serve para marcar seu(s) criador(es): "Flight of the Amazon Queen" merecidamente colocou a Interactive Binary Illusions na História dos games!

The Curse of Monkey Island (LucasArts, 1997)

Terceiro episódio da série, CMI (como é também conhecido) traz Guybrush de volta. Ele e Elaine estão para se casar e, num barco, o pirata (agora não mais apenas um wannabe) encontra um anel e decide dá-lo para sua noiva. Esse anel, porém, está amaldiçoado, transformando Elaine numa estátua de ouro. É necessário agora que Guybrush desfaça a maldição.
O segundo jogo mais engraçado da série, depois do original, "The Curse of Monkey Island" tem um ótimo plot, com piadas engraçadíssimas. Os cenários são meio cartoonish, mas não muito. Threepwood e sua turma deixaram de ser pixelizados.
Quem gosta da série, não pode perder!

Grim Fandango (LucasArts, 1998)


Este jogo é simplesmente o máximo!
Primeiro jogo em 3D da LucasArts, "Grim Fandango" tem um plot no mínimo original: toda a história se passa na Terra dos Mortos, pela qual todos os que morrem passam antes de irem para seu descanso eterno.
Você é Manuel (Manny) Calavera, que trabalha numa "agência de turismo" responsável pelo transporte das almas até o descanso. Dependendo de como a pessoa se portou em vida, um meio de transporte e um prazo para chegarem ao Paraíso estão destinados a ela: de carro (quatro anos), de navio (quatro meses) ou de trem (quatro dias).
O cenário é belíssimo. Todo em 3D, o jogo mistura cenários de filmes noir da década de 30 - ou seja,  é tudo meio escuro - com detalhes astecas. O resultado é formidável.
A interface também muda um pouco. Agora, as formas de acesso ao inventório e as ações se dão de forma diferente. Além disso, não se usa mais o mouse, mas sim os botões direcionais para movimentar os personagens e interagir com os objetos.
"Grim Fandango" é um jogo belíssimo. A versão brasileira, toda dublada e traduzida, é excelente. Outro jogo imperdível da LucasArts!

Escape from Monkey Island (LucasArts, 2002)


O tão aguardado quarto episódio da série também saiu em 3D, com controles já experimentados desde "Grim Fandango".
Desta vez, Guybrush e Elaine voltam da lua-de-mel pelo Caribe e, ao chegarem a Mêlée Island, descobrem que Elaine foi dada como morta. E agora? Cabe a seu marido fazer com que esse mal entendido se resolva e, depois, ir a Monkey Island - de novo.
O terceiro mais engraçado da série, em minha opinião, "Escape from Monkey Island" (que aqui saiu como "Fuga da Ilha dos Macacos") tem belos cenários 3D e, conta mais uma vez com Dominic Armato (ele é excelente!) fazendo a voz de Guybrush Threepwood, mighty pirate - o epíteto que que Guybrush se deu.
Aliás, acho que ainda não contei como surgiu o nome do personagem principal da série! Aconteceu o seguinte: "The Secret of Monkey Island" (assim como "Monkey Island II") foram totalmente criados no programa Brush - o antigo PaintBrush, que já vem no Windows. Na época da criação, ainda não sabiam como nomear o personagem, e chamaram o arquivo com seu desenho apenas de "guy" ("cara", em inglês). Todos os arquivos gravados no Brush tinham a extensão .brush (embora as extensões costumem ter três dígitos) e com esse não foi diferente: guy.brush. Dessa forma nasceu Guybrush Threepwood, cujo sobrenome veio do título de um livro.
Com direito a uma paródia de "Mortal Kombat", "Escape from Monkey Island" é imperdível para os fãs da série, mas também é um ótimo jogo para quem ainda não conhece Guybrush e a turma - embora nele estejam algumas explicações para "mistérios" dos três jogos anteriores.

Estes são os jogos de que mais gosto, e tentei falar um pouco deles. Infelizmente, não há links para que sejam baixados, mas outros jogos do tipo podem ser encontrados em Classic Trash.
Eis os que achei lá e recomendo:

- "Igor: Objective Uikokahonia"
A história se passa basicamente numa faculdade. Igor, apaixonado por Laura, tenta se aproximar dela e, ao mesmo tempo, resolver um roubo.

- "Innocent Until Caught"
Jogo futurista, onde você é Jack Ladd, conhecido ladrão intergalático, que precisa arrumar um meio de pagar suas dívidas para com agentes tributários.

- "Out of Order"
Depois de uma noite de tempestade, você acorda num futuro muito distante. Seu quarto é o mesmo, mas agora faz parte de um condomínio. O final deste jogo é meio estranho, mas vale a pena mesmo assim.

- "Teen Agent"
Você é um garoto de treze anos recrutado por uma organização super-secreta ("tão secreta que até a senhora do chá tem permissão para matar", diz o chefe) para solucionar misteriosos roubos.

- "The Breakdown"
Seu carro quebrou na estrada e é necessário que você o conserte a fim de ir buscar um prêmio na loteria mais próxima. Bom jogo, mas pena que é curto.

Todos os citados são muito parecidos com os da LucasArts, inclusive no humor. Algumas tiradas são engraçadíssimas, e os cenários de alguns deles são muito bonitos. "Igor" e "Innocent Until Caught" são pixelizados.
Bom, por enquanto é só. Outra hora falo de jogos que não são point-and-click, mas de que também gosto - como "The Sims", "Grand Theft Auto 3" ou a série "Need For Speed".
Espero que tenham gostado!

(Quantas vezes escrevi "hilárias" e "engraçadíssimas" neste post?...)